O deputado estadual Júlio Campos (União) defendeu que seja feito um acordo entre o governo e a Assembleia Legislativa (ALMT) para que aqueles que compõem o staff do governador Mauro Mendes (União) e desejam se lançar candidatos para as eleições de 2026 deixem a gestão em dezembro deste ano. A ideia surge após vários secretários se movimentarem em prol da corrida eleitoral do ano que vem, o que levantou críticas de alguns dos parlamentares, como é o caso de Eduardo Botelho (União).
O político de longa data alerta que assim como foi feito em gestões passadas, a fim de evitar que membros do governo se beneficiem da máquina em ano eleitoral, o ideal é que os pré-candidatos deixem a gestão por meio de ‘acordo de cavaleiros’.
“Eles vão ter que deixar o mandato em abril. Então também, se a Assembleia quiser, pode acertar com o governador para eles se afastarem no dia 31 de dezembro, agora para evitar um jogo desigual. Como já foi feito no passado, em alguns governos, secretário que fossem disputar a eleição afastaria no último dia do ano anterior a eleição”, frisou.
A informação é de que os membros do alto escalão do Paiaguás que têm interesse em investir na construção de mandatos no ano que vem são: o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, e Educação, Alan Porto, junto do presidente da MT Par, Wener Santos.
Ocorre que ainda no mês passado o ex-presidente da ALMT, ironizou escolha por perfis técnicos das secretarias que agora tendem a lançar candidatos.O que o próprio governador rebateu e que Júlio vê com naturalidade visto que os gestores têm desempenhado bom trabalho.
Na sequência, o legislador ainda afirmou que não teme perder sua cadeira no ano que vem e destacou que é assim que se organiza uma “sociedade democrática”.
“Meu voto é meu voto. Júlio é Júlio. Qualquer um que disputar faz bem. Eu gostaria que viessem mais gente pro voto. Nós fazemos em vez de quatro, fazemos oito deputados estaduais e quatro federais. Como no passado era o nosso PFL, o nosso DEM. Então, é normal. Eu acredito que qualquer candidato que quiser disputar tem que ter direito de vir pra disputa e se eleger, aplausos”, pontuou e ainda completou:
“Não tenho medo, meu filho. Candidato que tem medo de disputar a eleição, de pedir voto, não deve ser candidato. Eu já disputei oito eleições, perdi duas, ganhei seis e posso disputar mais uma ou mais duas, né? Dependendo da minha saúde, não tenho medo de disputar”, finalizou.