Assassinato de Heloysa expõe frieza de mandante ao levar filho para o crime e não expressar emoção

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A morte da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, chocou não apenas pela brutalidade, mas pela frieza de Benedito Anunciação, apontado como mandante do crime. Segundo a Polícia Civil, ele influenciou diretamente o próprio filho e envolveu outros dois adolescentes na execução.

De acordo com o delegado Guilherme Bertoli, da Derfva, Benedito foi confrontado com as imagens do assassinato e não demonstrou qualquer emoção. “Ele não expressou nenhum tipo de emoção. Nem em relação à vítima, nem ao próprio filho. É uma pessoa extremamente fria”, afirmou.

O crime não teria sido premeditado, mas a conduta do acusado levantou suspeitas de traços de psicopatia. Benedito teria incentivado o filho Gustavo Benedito Junior, de 18 anos, a cometer o homicídio. Em um desabafo à polícia, o jovem afirmou: “Essa é a segunda vez que o senhor está me abandonando. Fiz algo a pedido do senhor e você me abandona de novo”.

A cena do crime também chamou atenção da perícia. Segundo o perito criminal Manoel Messias, o corpo da vítima foi colocado cuidadosamente dentro de um poço, o que pode indicar proximidade entre vítima e agressores. “O local fala por si. A criminologia mostra que o nível de psicopatia oscila, e neste caso houve uma tentativa de preservar um pouco a integridade da vítima, antes de a violência culminar na queda de cerca de três metros de altura”, destacou.

Os envolvidos, incluindo adolescentes com antecedentes por infrações leves, demonstraram arrependimento. “Eles estavam visivelmente arrependidos”, reforçou o delegado.

O caso segue em investigação. A mãe de Heloysa, Suelen de Alencastro Arruda, deve prestar depoimento nos próximos dias.

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