A aprovação da Lei da Anistia é uma pauta urgente e necessária, na avaliação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Ele classificou como “humanitária” a medida que deve beneficiar pessoas presas após os atos de 8 de janeiro de 2023. A declaração foi dada durante entrevista na Norte Show, em Sinop, na qual o parlamentar criticou a disparidade de tratamento entre manifestantes e políticos condenados por corrupção no Brasil.
“A gente tem conversado sobre a legislação, que é uma pauta humanitária. Não se trata de passar pano para quem depredou patrimônio público, pelo contrário. Mas existem inocentes presos injustamente, e a sociedade começa a entender isso”, disse Nikolas.
O parlamentar citou o caso da militante Débora dos Santos, que ficou presa por mais de dois anos após escrever com batom em uma estátua no Palácio do Planalto, e atualmente cumpre prisão domiciliar. Em contraste, ele mencionou políticos como Geddel Vieira Lima, flagrado com R$ 51 milhões em dinheiro vivo, e o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, condenado a centenas de anos por corrupção, mas que hoje aparece livre em vídeos nas redes sociais.
“Geddel tá solto, fazendo podcast. Sérgio Cabral, com 300, 400 anos de condenação, está gravando vídeo de influencer na sacada do prédio. Enquanto isso, tem gente que só se manifestou e segue presa”, criticou.
Nikolas disse ainda que o relator da proposta, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), está sendo sensibilizado e acredita que o texto da anistia será abrangente e aprovado pelo Congresso Nacional. Segundo ele, a medida tem precedentes históricos no país, inclusive durante o período da ditadura militar.
“Já teve anistia para terrorista, como quem participou do VAR-Palmares, como a Dilma (Rousseff). Ela saqueava carro-forte e virou presidente de banco. Se ela conseguiu, você também consegue. O Brasil é um péssimo exemplo para quem é criminoso, porque gente que mentiu a vida inteira virou presidente da República”, declarou.
Apesar do tom ácido, Nikolas encerrou a fala com otimismo sobre a tramitação da matéria. “Se pautar hoje, eu não tenho dúvidas de que a anistia passa na Câmara e também no Congresso como um todo”, concluiu.