‘A criança não é sua e nem da sua mulher’, foi frase dita ao ex-marido de Nataly que mais o chocou, segundo declaração

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Em depoimento emocionado pela primeira vez à imrpensa, Christian Albino Cebalho de Arruda, ex-companheiro de Nataly Helen Martins Pereira de 25 anos, assassina confessa da adolencente Emilly Beatriz Azevedo Sena, aos 16 anos, falou sobre o caso, compartilhando detalhes impactantes sobre a prisão da ex-mulher e quando se deu conta de que tudo se tratava de um crime. A entrevista foi concedida à TV Centro América e exibida nesta terça-feira (15).

Segundo Christian, os fatos se desenrolaram repentinamente. Eu fui ver a criança e, nisso, ela foi fumar um cigarro. A viatura prendeu ela lá embaixo já e, depois, subiu lá para me buscar. Abri o box e fui abordado. A polícia pediu para deixar a criança com a enfermeira”, relembrou.

O momento mais marcante, segundo ele, foi quando teve ciência da verdade. “Na rampa descendo, eu peguei no braço do policial e falei ‘doutor, me antecipa o que está acontecendo, por favor’. E ele disse ‘a criança não é sua e nem da sua mulher’. Aquilo foi um choque. Não estava acreditando de maneira nenhuma. Eu acreditava na gestação dela”, desabafou, visivelmente abalado.

“Nunca imaginei algo assim”

Sobre sua convivência com Nataly, Christian afirmou que jamais suspeitou que ela fosse capaz de um crime tão cruel. “De verdade, eu convivi com ela e nunca tinha aparentado ser uma pessoa assassina, uma monstra pelo o que ela fez. Ela era uma pessoa boa com todo mundo, brincalhona, como um ser humano normal. Eu também não entendo por que ela fez isso. Me pergunto todo santo dia.”

Ele também fez questão de afastar qualquer suspeita sobre seu envolvimento.

“Eu estou vindo hoje, depois de mais de um mês do acontecido, botar a minha cara aqui para todos verem e saberem a verdade do que aconteceu. Eu não tive envolvimento com nada, nem moral e nem material”.

Nataly agiu sozinha?

Questionado se acreditava que Nataly teve ajuda no crime, Christian respondeu com firmeza: “vou ser bem sincero, eu acredito que ela fez tudo sozinha. Aquela pessoa ali tinha conhecimento. Ela era bombeira civil, tinha conhecimento na área de enfermagem, tinha força bem brutal. Respondendo por mim, eu acredito que ela fez isso sozinha”.

Sobre possíveis conversas entre Nataly e a vítima, Christian afirmou desconhecer qualquer contato anterior entre elas. “Nenhuma. Até mesmo quando eu pegava o celular dela, tinha mensagens apagadas e arquivadas de mulheres. Hoje eu falo isso pelo que aconteceu, não por já saber antes”, completou.

Mensagem à família da vítima

Ao final de seu depoimento, visivelmente emocionado, Christian deixou uma mensagem à família de Emilly. “Diria primeiramente os meus sinceros sentimentos à família, de verdade. E não há muitas palavras que eu possa falar que tirem o que a família está sentindo.”

O caso

Emilly Sena, adolencete que estava grávida de nove meses e desapareceu no dia 12 de março, após sair de casa em Várzea Grande com destino à residência de uma mulher chamada Nataly, foi assassinada no mesmo dia, em uma casa do biarro Jardim Florianópolis, em Cuiabá.

Ela foi até o local buscar as supostas doações de roupas para a bebê que Nataly havia oferecido, mas tudo se tratava de uma emboscada para roubar a criança, orquestrada pela assassina.

No dia seguinte ao desaparecimento, o corpo da jovem foi encontrado enterrado no quintal da casa da família de Nataly. A suspeita havia dado entrada no Hospital Geral, afirmando ser a mãe da criança e alegando ter acabado de dar à luz em casa. Porém, ela havia aberto o abdômem de Emelly, depois de desacordá-la, retirado a bebê e enterrado a jovem no quintal do imóvel da família.

No dia que descobertos os fatos, três outras pessoas, além de Natally, foram presas suspeitas de cometer os crimes, dentre elas o ex-marido. Os suspeitos foram soltos na mesma noite por não haver indícidos de participação no crime.

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