Gilberto nega ‘grife’ no contrato com Einstein e diz que medida evita entraves legais

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O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo (União), reagiu às críticas do deputado estadual Lúdio Cabral (PT) sobre a forma de contratação da organização social que vai administrar o novo Hospital Central em Cuiabá. Durante audiência pública na Assembleia Legislativa, o parlamentar levantou suspeitas de que o governo estaria usando o nome do Hospital Israelita Albert Einstein para, na prática, abrir espaço para outra entidade.

“Vi alguém citando aqui como se a troca do CNPJ pudesse abrir espaço para que qualquer instituição viesse, depois, a administrar o hospital. Estamos sugerindo essa medida justamente para evitar o que ocorreu com uma lei recém-aprovada nesta Casa, semelhante à que estamos propondo para a construção do Hospital do Amor, em Rondonópolis, e que agora precisou ser devolvida à Assembleia apenas para alterar o CNPJ”, rebateu Gilberto durante a audiência pública.

A fala faz alusão a uma declaração de Lúdio durante a audiência pública, na qual o deputado criticou o artigo 5º do projeto de lei encaminhado pelo Executivo. Segundo ele, o texto abre brecha para que outra entidade, além do Hospital Albert Einstein, possa assumir a gestão da nova unidade hospitalar.

“E aí eu vejo no texto do projeto de lei encaminhado pelo governador, o artigo 5º diz: havendo mudança no Cadastro Nacional da SBHE, prevista no Caput, desde que mantido o mesmo objeto e destinatário, a alteração poderá ser realizada por meio de ato do Poder Executivo evidentemente fundamental. Eu estou dando a autorização para o governador para contratar outra OSS. Usa a grife Albert Einstein, mas entra em operação por meio de outra organização social em saúde”, afirmou Lúdio.

Hospital Central

O governo do Estado retomou em 2019 as obras do Hospital Central, que estavam paralisadas há 34 anos. A previsão, segundo o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, é de que parte da unidade seja inaugurada em setembro deste ano.

Voltado para atendimentos de alta complexidade, o hospital recebeu um investimento total de R$ 513 milhões, sendo R$ 273 milhões destinados à obra física e R$ 240 milhões à compra de equipamentos. A estrutura contará com 287 leitos — 180 de enfermaria e 93 de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) —, além de 10 salas cirúrgicas e atendimento em 15 especialidades médicas. Com a inauguração, o Estado deve incorporar 46 novos leitos de UTI ao Sistema Único de Saúde (SUS).

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