As investigações apontam que o grupo criminoso utilizava guinchos como principal estratégia para furtar veículos de locais públicos sem levantar suspeitas. O método permitia que os automóveis fossem removidos de ruas e estacionamentos como se fossem recolhimentos legítimos, o que dificultava a identificação imediata dos crimes.
Após o furto, os veículos eram levados para outros municípios ou até estados vizinhos. Parte da operação envolvia a substituição de placas e a falsificação de documentos, o que permitia a revenda como se fossem veículos legalizados. Um esquema de falsificação envolvendo cartórios também foi descoberto, facilitando a inserção de carros roubados em sistemas oficiais com registros fraudulentos.
O grupo usava nomes de terceiros – os chamados “laranjas” – para registrar os documentos, impedindo a identificação dos verdadeiros beneficiários dos crimes. A circulação dos veículos por diversas cidades fazia parte da estratégia para dificultar o rastreamento policial.
Segundo o delegado Guilherme Bertoli, titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA), a operação Ramus representa um avanço significativo no enfrentamento à criminalidade organizada em Mato Grosso.
“Essa operação representa um importante avanço no combate ao crime organizado, desarticulando uma rede criminosa altamente estruturada que vinha causando prejuízos à sociedade. Seguiremos com as investigações para identificar todos os envolvidos e impedir a continuidade dessas atividades ilícitas”, afirmou Bertoli.
O delegado João Paulo Firpo Fontes, responsável pelo inquérito, reforça que o trabalho investigativo continuará para desmembrar todos os elos da organização criminosa.