Faltando mais de um ano para as eleições de 2026, os bastidores da política mato-grossense já estão em movimento. Apesar do discurso público de que ainda é cedo para tratar de candidaturas, lideranças e partidos intensificam articulações para disputar as duas vagas às quais Mato Grosso terá direito no Senado Federal.
Entre os nomes cotados está o do deputado federal José Medeiros (PL), que já ocupou uma cadeira no Senado e articula seu retorno. Ao lado dele, o ex-presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan (DC), também se posiciona como pré-candidato. Galvan tem afirmado que apenas ele e Medeiros representam a direita de forma autêntica na corrida, mesmo diante da aproximação do governador Mauro Mendes com o Partido Liberal (PL).
A possível candidatura de Mauro Mendes ao Senado, no entanto, reabre uma disputa interna no União Brasil pela sucessão ao governo estadual. Jayme tem manifestado interesse em concorrer ao Executivo e disputa o apoio da base com o atual vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos). Ocorre que Mendes já declarou publicamente que seu apoio será destinado a Pivetta, o que gerou um impasse dentro da sigla. Jayme, por sua vez, tem dito que não aceitará imposições.
Também aparece na lista de cotados a deputada estadual Janaina Riva (MDB), que, apesar de compor a base do governo, recentemente tem elevado o tom com críticas a Mendes. A mudança de postura tem sido interpretada como um possível reposicionamento político. Embora tenha se aproximado de setores da direita, a parlamentar ainda não definiu que rumo o MDB deve tomar nas próximas eleições.
Isso porque o palanque com Mendes está concorrido; a direita já conta com dois representantes que ainda não sabem se vão andar juntos. Apesar de sua ligação familiar com o senador Wellington Fagundes (PL), Janaina ainda não sabe se terá espaço para uma aliança com a sigla liberal. Inclusive, o sogro é pré-candidato ao governo, mas ainda encara uma disputa interna com o empresário Odílio Balbinotti Filho, que tem a preferência da base mais bolsonarista do partido.
Pelo PSD, o ministro da Agricultura e senador licenciado Carlos Fávaro deve buscar a reeleição. Atualmente, a vaga dele é ocupada pela senadora Margareth Buzetti, sua suplente, que mantém articulações para consolidar sua candidatura, mas por outro grupo político.
