O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), criticou nesta quarta-feira (3) a nova medida anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifas de importação a produtos de países da Ásia, Europa e América Latina. Para Mauro, o tarifaço pode gerar impactos negativos em todo o mundo, inclusive no Brasil, e provocar uma escalada inflacionária global.
“Mato Grosso é um grande exportador mundial de alimentos. Os movimentos que o presidente americano faz estão deixando o mundo assustado. Essa taxação vai aumentar o custo de vida em diversos países. É ruim para o cidadão, para o consumidor americano e provavelmente em várias partes do planeta”, alertou o governador.
As novas tarifas foram detalhadas por Trump em um anúncio oficial feito na terça-feira (2), incluindo até mesmo ilhas remotas, como uma região povoada por pinguins e focas no sul do planeta. A medida já tem gerado reações negativas de economistas e líderes políticos, que temem uma possível guerra comercial e efeitos colaterais na cadeia global de suprimentos.
Segundo o chefe do Executivo, os efeitos do aumento de tarifas nos Estados Unidos já preocupam governos de outros países, que podem reagir elevando também suas taxas. “Se os países, em retaliação à atitude dos Estados Unidos, aumentarem os impostos de importação, isso seguramente pode gerar uma inflação global”, concluiu.
Mauro reforçou que, apesar das turbulências, confia na força do agronegócio mato-grossense, que mantém relações comerciais com centenas de países. “Mesmo com algumas turbulências, tenho convicção que a força e a competência das nossas exportações serão capazes de vencer essas dificuldades”, disse.
O governador ainda aproveitou para comparar a política fiscal de Mato Grosso com o cenário internacional, defendendo a estratégia local de não aumentar impostos. “Se os governos aumentam impostos, seguramente esses impostos vão para os preços. Por isso que aqui em Mato Grosso nós reduzimos impostos, não elevamos o chamado imposto da blusinha. Mato Grosso tem hoje 17% de ICMS, o menor entre todos os estados brasileiros”, destacou