O vereador Rafael Ranalli (PL), que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) conhecida como “CPI do Estacionamento”, revelou que os permissionários do Mercado Municipal deverão ser ouvidos nesta quinta-feira (3). A ideia seria buscar alguma vantagem no contrato pactuado entre a Prefeitura de Cuiabá e a empresa CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo na capital.
“Na quinta-feira, nós temos oitiva com os permissionários, tentar trazer o grupo aqui, para tentar levar reivindicação até essa nossa intenção, que é, de repente, uma repactuação do contrato, auxiliar o município de Cuiabá e a própria empresa para que Cuiabá tenha essa vantajosidade”, declarou à imprensa na manhã desta terça-feira (1º).
Na sequência, ainda completou: “com os permissionários vindo é outro ponto que a gente quer bater. Graças a esses antigos, do mercado ali do Centro, que o mercado resistiu tantos anos. É o mercado mais antigo de Cuiabá. Então, nada mais justo que eles tenham alguma vantagem ao terem as suas lojas, os aluguéis no próximo mercado novo e ampliado”.
Até o momento, os membros já ouviram procurador do município, fiscais do contrato e até representantes da CS Mobi.
A CPI foi criada em meados de fevereiro, em meio ao cenário de críticas do prefeito Abilio Brunini (PL) quanto à Parceria Público Privada (PPP) firmada entre a gestão anterior e a CS Mobi, que tem vigência de 30 anos. Dentre os questionamentos, estava o andamento das obras do novo Mercado Municipal Miguel Sutil, situado no centro da cidade.
Com os valores arrecadados com o estacionamento rotativo, a empresa deveria garantir a manutenção de pontos de ônibus na Capital e dar seguimento às obras do Mercado Municipal, o que ocorre a passos lentos. Diante do impedimento em romper o contrato com a empresa, o que poderia impactar em multa milionária para o município, os vereadores decidiram por criar a CPI para tentar auxiliar o Executivo sobre qual decisão tomar.
“O que que a gente quer? Que o município arrecade com o estacionamento rotativo exatamente o que ela precisa dar de contribuição, em contrapartida para a empresa. Para não precisar que o cidadão que não usa o sistema, através de seu imposto, sustente o estacionamento rotativo ou a construção do novo mercado”, finalizou o vereador.