O ex-presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antônio Galvan (DC), afirmou que não abrirá mão de sua candidatura ao Senado, mesmo que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicite sua retirada em favor do virtual pré-candidato José Medeiros (PL).
“Eu vou peitar quem vier candidato ao Senado, com certeza absoluta sou candidato ao Senado, não abro mão, mesmo que ele [Bolsonaro] peça para eu recuar, não vou recuar. Vai pedir em favor de quem? Quem é mais de direita, quem mais esteve inserido dentro desse processo do que eu e o Medeiros?”, declarou o ex-presidente da Aprosoja-MT.
Galvan enfatizou que, mesmo sem o apoio de Bolsonaro em 2022, obteve mais de 300 mil votos na eleição para o Senado.
“Eu também não tinha o apoio do Bolsonaro em 2022, todo mundo comentava aqui que eu não faria 50 mil votos e fiz 337.003. Então não tive apoio de Bolsonaro também e essa vez são duas vagas, o Medeiros é um só”, disse.
Para Galvan, não há candidatos mais alinhados à direita do que ele e o deputado federal José Medeiros, considerado o pré-candidato virtual do Partido Liberal (PL) ao Senado nas eleições de 2026.
Ao ser questionado sobre o governador Mauro Mendes (União), que ainda não confirmou sua candidatura ao Senado em 2026, mas já articula nos bastidores e tem se aproximado do PL, Galvan afirmou que não o considera um político de direita, classificando-o como alguém de centro.
“É o nosso governador, fez um bom trabalho, está fazendo um bom trabalho como governador, não tem dúvida nenhuma. Mas tem que entender que Executivo é uma coisa e Legislativo é outra coisa. […] Não estou falando que é de direita, também não falo que é de esquerda. Ele [Mauro Mendes] é mais de centro”, concluiu.
Eleições 2026
Nas eleições de 2026, duas vagas para o Senado estarão em disputa, enquanto o senador Wellington Fagundes (PL) seguirá com seu mandato por mais quatro anos. Entre os nomes já cotados para a corrida estão José Medeiros, o governador Mauro Mendes e a deputada estadual Janaina Riva (MDB). Além disso, o ministro da Agricultura e senador licenciado, Carlos Fávaro (PSD), deve concorrer à reeleição.
A senadora Margareth Buzetti (PSD), que ocupa temporariamente a cadeira de Fávaro, também deve entrar na disputa por uma vaga no Congresso.
Com a possível candidatura do governador Mauro Mendes ao Senado, ainda é incerto o futuro político do senador Jayme Campos (União), que articula sua possível candidatura ao governo estadual pelo União Brasil.
Atualmente, Mato Grosso é representado no Senado por Wellington Fagundes (PL), Jayme Campos (União) e Margareth Buzetti (PSD).