Ex-prefeito de Várzea Grande por dois mandatos, o senador Jayme Campos (União) lamentou o desentendimento entre a atual prefeita Flávia Moretti (PL) e seu vice, Tião da Zaeli (PL), cujo ‘caldo teria entornado’ na última sexta-feira (21), com uma discussão acalorada no Paço Couto Magalhães. Porém, ele alertou que é preciso que o Ministério Público investigue falas supostamente proferidas por Zaeli, que teria ameaçado a gestora de tornar público a adoção de ‘caixa dois’ e fake news na campanha eleitoral.
A suposta conversa foi comentada por Jayme nesta quinta-feira, durante evento do governo do Estado no Palácio Paiaguás.
“Achei muito grave que foi, me parece, na sexta-feira, que houve quase vias de fato e, depois, o vice-prefeito ele mesmo se delatou, dizendo: ‘olha, cuidado, eu vou denunciar que teve caixa dois, que teve fake news’. Isso é grave! Isso tem que ser apurado nos órgãos competentes na medida que, como que um cidadão que participa ativamente da campanha ele vai de público e diz: ‘olha, teve caixa dois. Abre o olho que eu vou denunciar, teve fake News, olha que vou denunciar’”, ponderou o senador.
Jayme considerou toda a situação de rusga entre os gestores uma pena, mas destacou a necessidade de investigação dessas falas de Tião da Zaeli. “Acho que agora cabe ao Ministério Público mandar apurar e, sobretudo, algo que eu fico muito preocupado é essas desavenças que está havendo, muito ruim”.
Na sequência, o parlamentar também comentou as acusações que estão sendo trocadas entre Executivo e Legislativo no município e, mesmo dizendo que não ‘é ninguém’ para dar conselhos à Flávia Moretti, cobrou a necessidade de entendimento entre todos em prol da população de Várzea Grande.
“É Câmara puxa pra lá, é prefeita que puxa pra lá, aí o vice-prefeito quer mandar mais do que a prefeita. Aonde vamos parar? Tem que ter é união da Câmara, do Executivo, buscando apoio dos deputados estaduais, deputados federais, senadores, emendas para que a gente possa levar as expectativas à população de Várzea Grande”.
Por fim, recomendou a conciliação, mas sem sua interferência político-partidária, por não fazer parte do grupo de Moretti.
“Quem sou eu pra dar conselho pra Flávia Moretti? Até porque se conselho fosse bom a gente vendia, não dava. É importante buscar conciliação entre o Poder Executivo, entre o Legislativo e, acima de tudo, com a população. Dialogar, ver o que é necessidade, prioridade. Eu tô pronto pra ajudar ela, com certeza, como senador da República. Na fase política e de desentendimento, não tenho essa prerrogativa, porque eu não sou do grupo dela”.