Câmara ‘estava na lama’ quando concedeu moção para membro do CV, afirma vereador

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Para o vereador e policial federal Rafael Ranalli (PL), o fato de a Câmara de Cuiabá ter concedido uma moção de aplausos para um membro do Comando Vermelho morto durante operação policial nesta quinta (20) mostra a ‘lama’ em que o Legislativo cuiabano estava envolvido na última legislatura. De acordo com o liberal, não há como o vereador alegar não conhecer seu homenageado, afinal, você apenas apresenta congratulações para uma pessoa conhecida

“Isso mostra a lama que se encontrava essa Casa, porque um faccionado recebendo moção de aplausos e vereador dizendo que não conhecia o passado desse cara?! Você só dá homenagem a quem você admira, considera ou conhece o histórico. Esse Gilmar é figura carimbada do bairro 1º de Março, União. A homenagem foi feita na legislatura passada. Provavelmente nessa não seria aprovado”, disse Ranalli.

Na manhã desta quinta-feira, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a ‘Operação Acqua Ilicita’ contra um esquema de extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa que vinha prejudicando comerciantes de água mineral e aumentando os preços para os consumidores. A intenção era enriquecer criminosos que aterrorizam a população em Mato Grosso.

Dois alvos da operação trocaram tiros com a polícia e foram mortos durante o confronto. Um deles foi identificado como Gilmar Machado da Costa, também conhecido como “Gilmarzinho”, que em fevereiro de 2024 foi homenageado com moção de aplausos na Câmara de Cuiabá e recebeu a honraria das mãos do vereador Jeferson Siqueira (PSD).

Gilmarzinho é apontado como um dos líderes do Comando Vermelho que coagia comerciantes de Cuiabá e Várzea Grande, obrigando as distribuidoras a comprarem garrafões de água da facção criminosa.

Policial e defensor das forças de segurança, Ranalli diz que essa moção concedida por Jeferson contrasta com as suas homenagens que já foram alvos de polêmica por congratular policiais e civis que já assassinaram supostos criminosos em Cuiabá.

“Tem meio de comunicação que me critica porque eu já ofereci 42 moções de aplausos para policiais e cidadãos que já mataram vagabundos em ação delituosa. Hoje, nós temos um cuidado porque as moções são colocadas num pacote junto com indicações para serem votadas. Às vezes, a Casa não analisa, mas o cara que fez a indicação tem que conhecer o homenageado”, finaliza Ranalli.

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