O deputado estadual Eduardo Botelho (União) revelou ver com bons olhos a proeminência de dois nomes de seu grupo político rumo à disputa pelo governo de Mato Grosso em 2026. Divididos entre o atual vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e o senador Jayme Campos (União), o parlamentar reforçou que a decisão entre os nomes depende de muito diálogo até a formação de um consenso, e que não admitirá imposição ou definição “goela abaixo”.
“Dois candidatos que ajudou (sic) a construir tudo que está aí. Então, é muito importante, eu acho que qualquer um dos dois pode ser o candidato, nós temos que fazer essa conversa interna, fazer essa discussão interna”, declarou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (12).
Somado a isso, ainda comentou a posição do senador, que já afirmou que está preparado para colocar o ‘tanque na rua’, tanto na tentativa de se reeleger à senatória, como na corrida pelo Palácio Paiaguás em 2026. Botelho defendeu a posição do colega de sigla sobre a necessidade de diálogo para a tomada de decisão.
“Agora, o que o Jayme falou está correto, não pode ser imposição, tem que ser uma discussão, tem que ser um entendimento e, aí, sair o que for melhor”. Na sequência, o parlamentar negou a intenção de demais correligionários ou de ele próprio de deixarem o partido.
“Não, não, não. Nós não temos nenhum pensamento em sair. Pensando em construir esse grupo, pensando em construir para dar continuidade nesse projeto que está dando certo dentro do Estado. É isso que nós estamos pensando. Em sair, não. Não se cogita ninguém sair do União Brasil”.
Déjà vu
Botelho já sentiu na pele como uma disputa interna pode afetar e até prejudicar a consolidação de um vencedor na corrida eleitoral. No ano passado, o deputado se viu derrotado na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, após ter vencido exaustiva corrida contra o atual secretário-chefe da Casa Civil, Fabio Garcia, que também pretendia pleitear a vaga de prefeito da capital em 2024 pelo União Brasil.
A indefinição pode não ter sido fator principal para a derrota do deputado, mas arrastar a decisão, de certa forma, contribuiu com o desgaste.
Para as disputas ao Executivo estadual é preciso ainda mais planejamento, por conta da necessidade de convencer a maioria do eleitorado em um estado tão grande quanto Mato Grosso.