Emelly Azevedo Sena, 16 anos, era uma menina cheia de planos para o futuro. Entre os sonhos, um se destacava: a construção de uma família. Segundo a mãe dela, Ana Azevedo, a “filha estava super empolgada, animada e feliz com a gestação”.
De acordo com Ana, a filha sonhava com a chegada da pequena Liara, inclusive já havia celebrado dois chás de bebê. “Nós fizemos dois chá de bebê para a Emilly, a minha família fez um chá de bebê, a família do esposo fez outro e a gente sempre estava junto, porque eu sempre estava por perto”, disse Ana.
Bastante emocionada, a mãe descreveu Emelly como uma menina cheia de esperança. “Ela tinha planos com essa criança e, ainda falou: ‘mãe, eu quero trabalhar, eu cuido de um período, a senhora cuida do outro’. E ela estava super empolgada, animada, feliz com a gestação, inclusive com a filha”, contou.
Ana ainda revelou que, apesar das dificuldades de uma gestação, Emelly não tinha desistido dos estudos. Fazia o segundo ano do ensino médio e tinha o objetivo de cursar uma faculdade.
“Uma menina cheia de sonhos, que queria apenas ter a família. Acreditou em pessoas que nem se pode chamar de pessoas, porque não são nem humanos”, concluiu.
Morte macabra e premeditada
A adolescente estava gestante de 9 meses e esperava a chegada da sua bebezinha Liara. Mas, o que era para ser um momento feliz se tornou uma tragédia, quando ela teve a vida brutalmente ceifada e a filha roubada por Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, que a atraiu para um emboscada na última quarta-feira (12), em Cuiabá.
Emilly foi atraída pela mulher que conheceu em um grupo de mães, com a promessa de que iria receber doações de roupas e outros utensílios de bebê. Depois de várias trocas de mensagens, a adolescente foi convencida por Nataly a ir até a casa em que foi morta sozinha. No local, ela teve o ventre aberto com um objeto cortante, a bebê arrancada do seu ventre enquanto ainda estava viva, e, posteriormente, foi morta e enterrada no quintal do imóvel.
O corpo da vítima foi encontrado na cova rasa na última quinta. Na ocasião, a Polícia Civil prendeu dois homens, sendo um deles um irmão de Nataly e o outro o cunhado dela. O esposo da assassina, Christian Albino Cebalho de Arruda, de 28 anos, foi detido no hospital junto com a acusada, ao tentarem se passar por pais da filha de Emelly.
Apenas a mulher assumiu a autoria do crime e, por falta de elementos, a equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) decidiu soltar os três homens apontados inicialmente como envolvidos.
Nataly teve a prisão em flagrante convertida em preventiva na sexta. Emelly foi sepultada no mesmo dia, no cemitério Parque Bom Jesus.