O diretor de Laboratório Forense da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Jaime Trevisan Teixeira, descreveu a destreza com que a acusada de assassinar Emily Sena, de 16 anos, grávida de 9 meses, teve para cortar seu abdômen e retirar a criança viva do ventre da gestante. Nataly Helen Martins Pereira, 25 anos, teria planejado todo o plano macabro para atrair a adolescente até uma casa em Cuaibá, matá-la e rasgar seu abdômen para retirar a criança.
“Foi verificado lesões em forma de ter no abdômen uma destreza muito peculiar. Uma pessoa que fez aqueles cortes tem o domínio da técnica de corte, onde era possível a retirada de uma criança”, assinalou o profissional durante entrevista coletiva na Secretaria de Estado de Segurança Pública sobre o fato, na manhã desta sexta-feira (14).
Outra informação trazida pelo perito foi que a jovem lutou com a agressora e, embaixo de suas unhas, havia vestígios para exame de DNA.
“Foi verificado os testes na Medicina Legal onde foi constatado que havia vestígios que aquela pessoa estava grávida recentemente, estava puerperal. Além disso, foi coletados vestígios nas unhas, exames de DNA, eventual lesão de defesa. Foi verificado ainda outros elementos que ainda estão em curso, como exames de tópica psicológica, que serão providenciados”, acrescentou.
O exame de DNA, cujo resultado é aguardado para a tarde desta sexta-feira, comprovará que o bebê que está no hospital é filha da vítima. Segundo o profissional, não resta dúvida sobre isso.
“Que já foi feito o exame de DNA, o exame de DNA vai sair agora à tarde, dizendo que a criança é filha da vítima. Então, não há do que se falar, qualquer outra dúvida, que não há vínculo entre essas pessoas”, pontuou.