A agilidade dos profissionais de saúde do Hospital Santa Helena foi essencial para que os policiais pudessem iniciar as investigações e deter de imediato a supeita de assassinar a adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, grávida de 9 meses. De acordo com o tenente-coronel Marcel, comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar de Cuiabá, mesmo antes dos resultados dos exames preliminares, a equipe já suspeitava de que Nataly Helen Martins Pereira não era mãe da criança levada ao hospital.
Tudo começou na noite do dia 12 de março, quarta-feira, por volta das 21h, quando Nataly deu entrada no Hospital Santa Helena carregando um bebê ensanguentado dizendo que havia acabado de dar à luz. A equipe médica realizou os primeiros exames na criança, mas estranhou quando a suposta mãe se recusou a ser examinada.
Como relatou o comandante, mesmo antes do resultado dos exames na criança, a equipe médica acionou a polícia pelo telefone 190, informando as suspeitas.
“Temos que enaltecer o trabalho da equipe de saúde porque mesmo antes de sair o resultado dos exames eles já suspeitaram e chamaram a polícia com medo dessa pessoa evadir do hospital. Chegando no hospital, conversamos com os profissionais que indicaram que ela [Nataly] resistiu ao exame de toque no qual poderia verificar ali nas partes íntimas, no abdome, assim como o toque nas mamas para verificar a produção do leite materno. Ela resistiu desde o início”, disse Marcel.
Nataly foi presa ainda no hospital. Na delegacia, ela confessou que assassinou Emilly com o objetivo de ficar com o bebê da jovem. Após enforcar a adolescente, Nataly sacou uma faca e abriu a barriga da vítima, retirou o bebê do ventre da mãe, amarrou os braços e pernas de Emilly e enterrou a adolescente em uma cova rasa no quintal da casa.
