O senador Jayme Campos (União) admite a possibilidade de vir a recuar da disputa ao comando do Palácio Paiaguás no próximo ano para apoiar Otaviano Pivetta (Republicanos), mas frisa que isso não vai acontecer “na marra” ou na cotovelada”. Ele defende que seja feito um diálogo no União Brasil e afirma que o governador Mauro Mendes (União), inclusive, já o convocou para uma reunião partidária na próxima semana.
“Eu sou do União Brasil, o Pivetta é do Republicanos, não tem a ver uma coisa da outra. A decisão do governador de apoiar o Pivetta é pessoal dele, não do União Brasil. É bom que se esclareça que o União não tem dono, ele é feito pelos seus filiados. Eu sou um homem despojado, minha candidatura a senador é nata, agora para governador vamos discutir. Sou home de diálogo e de entendimento, mas goela a baixo, na cotovela da não vai”, reforçou na manhã desta sexta-feira (7).
O cacique do União Brasil afirma que está pronto para disputar a reeleição, assim como sucessão do governador Mauro Mendes (União), mas frisa que pode desistir do pleito, assim como fez em 2014.
“Estamos prontos para discutir e conversar. Posso ser senador, posso ser governador, como também as vezes não disputo nada, como aconteceu em 2014. […] A minha trajetória política por si só fala. Estou preparado para ser senador, estou preparado para ser governador como também estou pronto para abrir mão e apoiar um candidato, mas de forma democrática e transparente, na marra não vai”, completou.
O imbróglio envolvendo a eleição a governo do Estado no ano que vem se dá porque há dois nomes colocados dentro do grupo político liderado pelo atual governador: Jayme Campos e Otaviano Pivetta.
Mendes já declarou publicamente o seu apoio incondicional a Pivetta, mas Jayme já garantiu que não vai aceitar imposições.
Em entrevista ao Agora Pod na semana passada, o deputado estadual Eduardo Botelho lembrou do desgaste que sofreu na pré-campanha do ano passado por conta da disputa interna com o deputado federal Fabio Garcia (União), e alertou o gestor estadual e demais dirigentes do União Brasil sobre eleição para o governo do Estado em 2026: “Essa discussão Otaviano Pivetta e Jayme Campos não pode ir muito longe, pode ir até julho, agosto, setembro, no máximo tem que definir, se não cria uma briga dentro da militância, racha e eles não entram na campanha”.