‘Governo nunca interferiu’, afirma Mendes ao negar vazamento de informações sobre operação que apura morte de advogado

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“O governo nunca interferiu”, garantiu o governador Mauro Mendes (União) ao negar vazamento de informações sobre a ‘Operação Office Crimes – A Outra Face’, deflagrada nesta quinta-feira (6) pela Polícia Civil, que resultou na prisão de cinco policiais militares, sendo um deles ex-segurança do gestor. Mendes ainda destacou que jamais vai proteger qualquer servidor público que cometer qualquer crime.

O governador advertiu que é preciso ter cuidado com as informações que são vinculadas, pois muitas vezes não retratam a “realidade e a verdade”. Ele rebate as suposições de que a exoneração do ex-segurança, cabo Wailson Alessandro Medeiros Ramos, feita às vésperas da deflagração da operação, se deu por eventual vazamento de informações.

“Estas movimentações são feitas a critério do nosso comando geral e dos batalhões. O fato é que a Polícia Civil investigou, descobriu possível envolvimento de alguns policiais. O nível desse movimento ainda precisa ser melhor detalhado, o governo nunca interfere nisso e a Polícia Civil fez a operação e determinou os atos que são de conhecimento público”, explicou.

Mendes chegou a citar as exonerações ocorridas no ano passado dos ex-secretário Luluca Ribeiro (MDB) da Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf) e da ex-servidora Rita de Cassia Pereira do Nascimento, que foram alvos da Operação Suserano.

“O governo jamais vai proteger qualquer servidor público, seja ele da segurança pública ou de  qualquer área que cometer qualquer tipo de crime. Já demonstramos isso quando fizemos demissões, inclusive, no primeiro escalão do governo… Descobriu alguma irregularidade doa a quem doer. Vai pagar pelos erros que cometeu”, finalizou.

O caso

Renato Nery foi morto em 5 de julho de 2024. Ele chegava a seu escritório quando foi atingido por um tiro na cabeça. O advogado chegou a ser socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.

Transcorridos 8 meses do homicídio, a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) avançou nas investigações e prendeu cinco militares envolvidos no crime, incluindo o cabo Wailson e os PMs Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso, Jorge Rodrigo Fernando e Heron Teixeira Pena, que segue foragido.

Além deles, também foi preso o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, acusado de ser o executor do crime.

Todos os alvos presos tiveram a prisão mantida em audiência de custódia nesta quinta (6).

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