Presidente da Câmara de Cuiabá, Paula Calil (PL), defendeu que meninas e mulheres vítimas de estupro sigam com a gestação. Em entrevista à imprensa, a parlamentar sugeriu que mães, vítimas de violência sexual, entreguem os bebês para adoção.
“Eu defendo a vida, eu sou contra o aborto. Essa adolescente, ela já passou por um trauma de um estupro, que vai ficar marcado por toda a vida e ela precisa de um acompanhamento psicológico. E aí, ela ainda vai ter que ser submetido a um aborto?”, argumentou.
A chefe do Legislativo comentava a Moção de Apoio apresentada por ela ao “PL do Estupro”, que prevê prisão para mulheres que realizarem o aborto após 22 semanas, mesmo em caso de violência sexual. A medida está na pauta para votação nesta quinta-feira (6).
Calil também manifestou apoio ao Decreto Legislativo (PDL) da Câmara dos Deputados, que tenta derrubar a resolução aprovada em dezembro pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que estabelece diretrizes para o aborto legal em crianças e adolescentes.
Em entrevista à imprensa, a vereadora frisou que as situações devem ser tratadas juridicamente de acordo com cada caso e sugeriu que mães estupradas levam os filhos para doação.
“Ela pode ser levada à adoção. De qualquer maneira, ela vai passar por um trauma ao abortar. Então eu defendo a vida e que essa criança vá para adoção e depois passe por um acompanhamento”, disse.