O presidente da Comissão de Apoio Técnico de Renegociação de Contratos de Cuiabá, Murilo Bianchini, relatou que em meio aos trabalhos do grupo especial, ao identificarem possíveis superfaturamentos ou indícios de irregularidades em contratos da Prefeitura de Cuiabá firmados ainda pela gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), todas as suspeitas estão sendo encaminhadas aos órgãos fiscalizadores. O objetivo, segundo Bianchini, é de fato ‘imprimir’ modelo de nova administração proposta por Abilio Brunini (PL), mas não deixar ‘passar’ erros anteriores.
Em entrevista à rádio CBN, na manhã desta segunda-feira (24), o presidente discutiu uma série de medidas que tem adotado ante à precariedade, que segundo ele, encontrou nos modelos de gerência de contratos na prefeitura da Capital. Que vão desde a falta de um sistema unificado entre as secretarias, até débitos com uma série de terceirizados.
Ao ser questionado sobre o episódio recente, que o prefeito denunciou uma série de equipamentos abandonados no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC), que teriam custado valor acima da média de mercado, conforme Brunini, o presidente revelou qual é a conduta da comissão nesses casos.
“Quando nós identificamos este tipo de situação, nós de imediato enviamos para a secretaria, junto à Controladoria, PGM, para que eles tomem as medidas necessárias, seja para o cancelamento daquele contrato, nova licitação ou para uma renegociação para aquele fornecimento de serviços”, destacou. Ele ainda completou sobre a atuação de agentes fiscalizadores quanto aos casos.
“Eu reafirmo aqui para a população: tudo que está sendo identificado está sendo enviado aos órgãos de controle porque nós precisamos sanar e estancar os problemas que existiram da antiga gestão. Mas precisamos olhar para frente e imprimir novo modelo de gestão voltado para a economicidade, para que sobre recurso para o que realmente importa”.
A Comissão foi estruturada após decreto de situação de calamidade financeira anunciada pelo município ainda em 4 de janeiro deste ano e atuará na gestão dos contratos pelo prazo de 6 meses, que podem ser prorrogados. Na fase inicial, segundo o gestor, o foco está em ‘enxugar’ a máquina pública. Na sequência, a ideia é renegociar dívidas com empresas prestadoras de serviços na Capital.
Somado a isso, frisou a importância do grupo em cumprir meta estabelecida pelo chefe do Executivo já nesta fase inicial de atuação.
“A meta do prefeito Abilio de 100 milhões em 100 dias será cumprida. O que a gente tem são economias que fizemos dos carros terceirizados, das pessoas que prestavam serviço, mas, às vezes, superestimadas. Já houve esse corte, a questão de TI também. Gestão tem priorizado, não diminuir serviços, mas equacionar os serviços prestados”, finalizou.