O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), enviará à Câmara de Vereadores um projeto de lei para revogar a lei municipal assinada pelo ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) em janeiro de 2023, que autoriza a transferência de uma área de mais de 11 mil m² para a Associação dos Camelôs de Cuiabá. No entendimento do atual prefeito, a contrapartida de construção de uma usina fotovoltaica pela Associação não terá um retorno financeiro favorável ao município.
“Tem um parecer do Ministério Público discordando de passar o terreno da prefeitura para o Shopping Popular em troca de uma usina fotovoltaica. Acredito que é um pedido que não é compatível financeiramente. Aquela usina fotovoltaica eu entendo que ela não seja compatível com o valor daquela área toda, não representa isso. (…) Nós vamos passar para a Câmara um novo projeto retirando dessa área de contemplação e vamos voltar a conversar com o Shopping Popular. Entendemos que o valor de uma usina fotovoltaica não paga aquele terreno. E não é só nós, é o Ministério Público que tem se posicionado contrário a isso”, disse o prefeito nesta segunda-feira (17).
À época, a lei assinada por Emanuel autorizava a transferência da área para a Associação dos Camelôs de Cuiabá. O espaço abriga atualmente o estacionamento do Shopping Popular e seria utilizado para a ampliação do empreendimento comercial. A legislação abrangia também a área de mais de 10 mil m², já contemplada pela Lei 5.757/2013, totalizando mais de 21 mil m².
Já em 2024, iniciaram as tratativas de conceder ao Shopping Popular o terreno onde está construindo o Centro de Convivência dos Idosos Padre Firmo, localizado ao lado do estabelecimento. O Centro seria transferido para outra localidade. Todavia, com a destruição do Shopping Popular devido ao grande incêndio ocorrido em julho de 2024, a conversa não foi para frente.
Sobre o Centro de Convivência, Abilio garantiu que não irá transferir o local para a associação de comerciantes: “aquele Centro de Convivência de Idosos nós não vamos passar para o Shopping. (…) Vai chegar o momento da gente conversar com eles. A gente está com outros problemas no momento”.