“Não é normal, rotineiro, fazer um vídeo questionando um político e logo depois a Polícia Federal aparecer na sua casa. Foi um erro, eu pedi desculpa à primeira dama”, disse Gustavo ao chegar à sede da Polícia Federal após ser preso por desacato durante buscas em sua residência.
O integrante do primeiro escalão municipal dá a entender que a investigação tem motivação política. “Talvez eles não aceitaram alguém que não tenha um poder, um cacife político, ou uma indicação política, talvez eles não engoliram eu estar à frente de uma secretaria, somente pelo conhecimento técnico de gestor que eu tenho”, colocou.
“O fake news que houve, que eles podem atribuir como fake news, foi o questionamento do vídeo do Malai. Eu não atuei na eleição de 2022 aqui em Cuiabá. Eu atuei lá em Várzea Grande. Aliás, as pessoas que eu apoiei pedi também voto pro Mauro Mendes, porque era a mesma coligação”, completou.
O vídeo ao qual o pastor se refere é uma crítica feita por ele a Mauro Mendes. Duarte questiona o governador por ter viajado de Cuiabá ao Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães, de avião. O fato ocorreu em 2022.
Na ocasião, o bispo abordou o governador questionando se ele teria chegado ao local por meio de uma aeronave e perguntando porque Mendes não havia ido de carro, por conta da curta distância. A gravação mostra ainda os seguranças abordando o secretário.
A situação causou até mesmo críticas da primeira-dama do Estado, Vírginia Mendes, que não esqueceu os questionamentos do secretário, e o cirticou no mês passado publicamente durante o ato de entrega de casas do programa SER Família Habitação, em Várzea Grande.
Operação Fake News
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (14) uma operação para investigar a divulgação de Fake News. A ação tem como objetivo combater crimes eleitorais e contra a honra, praticados em desfavor do atual Governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), nas eleições de 2022.
Entre os alvos está o secretário municipal de Assistência Social do município, Gustavo Henrique Duarte.
As investigações começaram em 2022 pela Polícia Civil, no entanto, foi confirmado se tratar de crime eleitoral e a Polícia Federal assumiu o caso.
Gustavo foi conduzido durante cumprimento de mandado de buscas na residência dele por desacatar a equipe policial. O investigado foi levado à sede da Polícia Federal em Cuiabá.
A PF cumpriu outros dois mandados de busca e apreensão, no bairro Pedra 90 e no despraiado, na Capital.