A Prefeitura de Cuiabá estuda transformar o Prêmio Saúde, pago aos servidores da área, em Premiação por Produtividade com o objetivo de equilibrar o sistema que atualmente beneficia setores específicos da Secretaria Municipal de Saúde da Capital. A informação foi confirmada pelo prefeito Abilio Brunini (PL) nesta quarta-feira (29).
“Hoje, a sede da Secretaria de Saúde paga em torno de R$ 3.800 e R$ 4.800 para todos os cargos comissionados dentro da Secretaria, enquanto na UPA, a pessoa que está na linha de frente às vezes ganha R$ 800 de Prêmio Saúde. Isso não é justo. Nós temos que equilibrar essa situação. (…) A gente vai trabalhar pra essa gratificação virar Prêmio por Produtividade e melhorar o equilíbrio da situação, porque, do jeito que tá, desestimula a pessoa a trabalhar na UPA e estimula ela a trabalhar na UBS. A gente quer estimular que ela trabalhe nos dois”, disse o prefeito.
Há duas semanas, a Secretaria de Saúde instaurou uma portaria que determina a criação de uma Comissão Especial Conjunta para a elaboração de estudos técnicos para analisar o pagamento do Prêmio Saúde.
A gratificação virou caso de polícia na gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e resultou na ‘Operação Capistrum’. Conforme as investigações do Ministério Público, Emanuel e a ex-primeira-dama Marcia Pinheiro (PV) eram quem determinavam os valores da gratificação dos servidores.
Abilio garante que não é contra o pagamento da gratificação, mas defende que ela seja feita com base na produtividade, fazendo com que os valores sejam justos para quem o recebe.
“O pessoal que está no setor administrativo pode receber o Prêmio Saúde proporcional à sua atividade, mas indiscriminadamente, receber R$ 3,800, R$ 4,800, isso não é justo. A pessoa está lá na UPA, na linha de frente, sofrendo e ganha R$ 800. Isso é uma disparidade. Outra questão é que algumas pessoas que estão nas UBS ganham uma gratificação de R$ 6.000”, afirmou o prefeito.