Marinete Cardoso, mãe de Douglas Gonçalves de Oliveira, 31 anos, um dos suspeitos mortos em confronto com policiais militares da Força Tática nesta quinta-feira (30), afirmou que o filho não possui nenhuma ligação com o homicídio do Sargento Odenil Alves Pedro, ocorrido em maio do ano passado.
A mulher garantiu que desde que o sargento morreu, ela e o filho estavam sendo perseguidos pela polícia.
A manifestação foi dada depois da repercussão de que Douglas era investigado pela Polícia Civil por auxiliar na fuga do assassino Raffael Amorim de Brito, 28 anos.
“Meu filho não tinha envolvimento com a morte do sargento. Quando isso tudo aconteceu, eles pegaram uma pessoa, espancaram essa pessoa. Tanto que espancaram essa pessoa, que ela envolveu o nome do meu filho no meio. Aí aconteceu isso. Invadiram minha casa, me bateram, me levaram presa, me jogaram droga… A polícia é covarde, covarde, covarde”, denunciou a mulher.
Marinete alega ainda que não houve confronto policial. “Uma hora da manhã a polícia parando o carro e metralhando o carro. Mataram o MK, mataram o Douglas, pegaram a minha nora, soltaram ela no meio do mato. Meu filho não é culpado do que aconteceu”, relatou.
“Meu filho não tinha arma, não tinha nada. A matéria que saiu falando que ele estava com uma metralhadora, tudo mentira… Eu quero que eles provem que meu filho está envolvido… Meu filho não tem mandato, meu filho não foi preso, nunca foi preso e estão falando que meu filho tem várias passagens, tudo mentira”, alegou.
Segundo a Polícia Militar, os suspeitos eram membros de facção criminosa, e ambos estavam armados. Consta ainda na ocorrência que na ação foram apreendidas uma arma de fogo e uma metralhadora.
A corporação ainda noticiou que Douglas possui diversas passagens e inquéritos criminais por tráfico e uso de drogas, além de ser identificado como liderança de uma facção criminosa.
Confronto
A PM relatou que o confronto ocorreu depois de policiais da Força Tática receberem informações sobre um grupo de faccionados que estaria transitando pela avenida Historiador Rubens de Mendonça, mais conhecida como Avenida do CPA, com armas de fogo. Segundo as denúncias, os criminosos estariam em uma caminhonete S10 branca.
Os militares iniciaram patrulhamento e conseguiram localizar o veículo na região do Centro Político Administrativo.
Os policiais revidaram a ação e efetuaram disparos contra os suspeitos, que morreram no local. Eles foram identificados como: Marcos Vinicius da Silva Faria, 24 anos e Douglas Gonçalves de Oliveira, 31 anos.
Morte de Sargento
A vítima foi socorrida em estado grave, com apoio de uma aeronave do Ciopaer, ao Hospital Municipal de Cuiabá, onde foi entubada e passou por cirurgia, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos, indo a óbito por volta das 19 horas de terça-feira.