O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL) terá seis meses para mostrar trabalho e fazer com que o vereador, Daniel Monteiro (Republicanos) decida se ele será da base ou do bloco de oposição ao atual gestor da Capital. Pelo menos este foi o compromisso firmado pelo Republicano durante entrevista concedida ao programa Entre Elas na última terça-feira (14).
“Como me posiciono na oposição de uma Prefeitura que acabou de começar? Com um prefeito que acabou de assumir uma Prefeitura com déficit que cresceu mais de 100% nos últimos 12 meses e com uma população que precisa urgentemente que dê certo? Eu reafirmo meu compromisso, darei seis meses ao Abilio para que ele mostre a que veio. A partir dos seis primeiros meses eu vou dizer se eu sou situação eu se sou oposição. Por enquanto sou independente”, disse Daniel.
Meses antes de tomarem posse, Abilio e Daniel acabaram se estranhando nos bastidores. Isso, porque enquanto Abilio defendia o nome de Paula Calil (PL) para comandar a Mesa Diretora da Câmara, Daniel via a ação do liberal como uma forma de manipular o Legislativo Cuiabano. Por essa razão, ele acabou liderando o chamado “G6”, um grupo de vereadores que seria uma espécie de terceira via para a eleição da Mesa.
Neste meio tempo, Abilio chegou até mesmo a chamar Daniel de machista dizendo que o parlamentar não votava em Paula apenas porque ela era mulher. Essa declaração não agradou nem um pouco o republicano e passou a indicar que ele seria de fato membro do bloco de oposição ao futuro prefeito na época.
Porém, em uma quinada típica da política, Daniel acabou voltando atrás e, mesmo dizendo que não apoiava Paula porque ela era inexperiente, acabou apoiando e dando voto à chapa liderada e escolhida por Abilio. Acontece que uma movimentação pesada nos bastidores da Câmara, que acabou envolvendo até mesmo o vice-governador, Otaviano Pivetta (Republicanos) fez com que Daniel colocasse a mão na consciência e cravasse apoio a chapa de Calil.
Independente, mas
Embora afirme que é independente, Daniel reconhece que deve satisfações ao Republicanos. De acordo com ele, ninguém se elege sozinho portanto, ele ainda vai seguir as ordens do partido, que atualmente compõem a base de apoio ao prefeito Abilio.
“O que eu prometi na campanha e como sempre me posicionei não casa dizer: ‘sou base, independe do que vier’, e não cabe me posicionar como oposição. Primeiro pelo posicionamento do meu partido, não fui eleito sozinho, não guardo essa ilusão de que tive 12 mil votos e não devo satisfação a ninguém. Política se faz em grupo e não individual”, afirma o parlamentar.
