A deputada estadual Janaina Riva (MDB) é contra a instalação de câmeras corporais nas fardas dos policiais militares de Mato Grosso. Para ela, o equipamento beneficia muito mais o criminoso do que os servidores públicos.
“Eu vejo que a polícia tem que ter uma certa liberdade para trabalhar e as câmeras atrapalham isso. Agora, os maus policiais, como o caso, por exemplo, de espancar uma mulher em Rondonópolis, esses precisam responder pelos seus atos. Agora, eu entendo que a câmara é uma defesa maior para o bandido do que para o militar”, justificou.
A emedebista, contudo, lembra que já foi favorável a medida, mas mudou de posicionamento após ser alvo e um assalto a mão armada. “Até eu ser assaltada dentro da minha casa eu era a favor. Eu achava que a câmera corporal era importante. Agora, o dia que entraram dentro da minha casa e apontaram uma arma em mim e no meu marido, eu passei a ser contra. Porque se não fosse a intervenção da polícia para ter acesso aos celulares daqueles criminosos, eu jamais teria descoberto quem havia cometido aquele crime”, colocou.
Segundo ela, foi por conta da intervenção da polícia de interceptar o telefone dos criminosos que se chegou ao mandate do assalto. “Com esse tanto de direitos que foram criados, se fosse pelos termos que a lei exige, jamais teriam quebrado o sigilo dos telefones naquele momento, porque você acha que alguém que acabou de cometer um crime vai botar lá a digital dele ou vai botar a senha dele?”, finalizou.
Tramita a algum tempo na Assembleia Legislativa um projeto de lei que prevê o uso de câmeras corporais por policiais militares. A propositura, de autoria do deputado estadual Wilson Santos (PSD), divide a opinião dos parlamentares e também de autoridades do setor da segurança pública.