‘Se não tiver provas do está falando, estaria cometendo crime’, diz procurador sobre denúncias de Abilio

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Em entrevista ao programa Tribuna, da Rádio Vila Real FM (98.3), na manhã desta terça-feira (19), o procurador de Justiça Domingos Sávio disse que ficou surpreso com a atitude do prefeito eleito Abilio Brunini (PL) em denunciar que vereadores teriam apoio de facções criminosas. O representante do Ministério Público disse que o órgão já tem investigado este tipo de denúncia, porém, o que o surpreendeu foi a forma como Abilio veio a público falar sobre isso, inclusive insinuando alguns nomes, o que se não for provado pode configurar crime.

De acordo com o procurador, o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) já estava investigando o envolvimento de membros de organizações criminosas na administração pública, não apenas no Poder Legislativo e também não apenas em Cuiabá. Por causa disso não foi uma surpresa para os membros do MP o teor das denúncias de Abilio, mas sim a forma.

 

“Não é algo de nos espantar, este fato. O que assusta, em certa medida, é a forma da acusação, vieram acusações públicas, (…) falando taxativamente que existe isso. É um fato inusitado”, disse.

Após ter feito declarações à imprensa, inclusive apontando a homenagem que um parlamentar deu a um membro de facção, Abilio enfim oficializou a denúncia na Polícia Federal. Segundo ele são 3 vereadores envolvidos com o CV. O procurador Domingos Sávio pontuou que as acusações feitas por Abilio são graves e confia que, se ele decidiu ir publicamente falar sobre isso, é porque possui provas.

“Eu não posso partir da premissa de que o prefeito eleito é um falastrão irresponsável, se ele vem a público, é um homem público, é formado, tem discernimento e vem a público falar que está existindo isso, e tem apontado nomes, eu tenho pra mim que ele está falando com fundamento (…). Se ele não tivesse provas do que ele está falando, uma plausibilidade, ele não só estaria cometendo crime, mas também causaria muito embaraço a ele junto a Câmara Municipal, porque ele lança uma nuvem de dúvida sobre a Câmara”, afirmou o procurador.

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