Vereador defende regra contra homenagens a criminosos

74 0

O vereador Jeferson Siqueira (PSD) afirmou que, se for eleito presidente da Câmara Municipal de Cuiabá para o biênio 2025/2026, irá apresentar uma proposta para proibir homenagens a pessoas que tenham algum histórico criminal. A ideia veio após o prefeito eleito, Abilio Brunini (PL), apontar que um homenageado por Jeferson tinha ligação com o crime organizado.

“Quando a gente fala de um contexto periférico, é uma mão ajudando a outra, são pessoas de várias religiões, pessoas que tiveram antecedentes criminais ou não, (…) enfim, o que colocamos em cheque, na verdade, é a contribuição que cada pessoa faz e no momento que homenageamos mais de 400 pessoas entre os bairros 1º de Março e Nova Conquista, quem dá o reconhecimento para as pessoas não é nem o parlamentar, é a própria comunidade. A comunidade reconhece e então nos indica os nomes”, justificou o vereador.

 

A polêmica surgiu após Abilio divulgar na imprensa que vereadores eleitos teriam envolvimento com facções criminosas. Sem acusar Jeferson de qualquer crime ou ligação com criminosos, o prefeito eleito destacou a homenagem que o vereador ofereceu.

 

Em entrevista à Rádio Capital na tarde de terça-feira (12), Jeferson afirmou que só depois ficou sabendo sobre o passado do homenageado, mas apontou que ele já cumpriu sua pena. Disse também que não há regras na Câmara obrigando alguma verificação sobre a vida pregressa dos homenageados.

“Nós não tínhamos na Câmara, ali, uma ferramenta específica para checar antecedentes criminais e também não é condicionante para que você possa prestar uma homenagem para alguém, esse item. Hoje não existe isso lá, então a gente até apresentou isso como proposta de campanha, como presidenciável, para podermos ter a partir de agora essa ferramenta que vai identificar”, prometeu.

Sobre as falas proferidas por Abilio, Jeferson lembrou que o prefeito eleito terá que dar explicações à Justiça e apresentar provas, pois já foi ajuizada uma ação contra ele por causa disso. Ele destacou que falas têm consequências.

“Eu não tenho dúvida que a Justiça será feita (…). Como você expõe a vida de uma pessoa, como é que você expõe uma carreira política, como é que você expõe uma Casa de Leis, expõe todo um parlamento (…) dizendo ‘olha, mas se no final, era um boato, se no final não der nada, vida que segue’? Eu não penso assim”.

Post Relacionado

Leave a comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

%d blogueiros gostam disto: