Paulo Moreno Neto (vulgo “Paulista”) deve ser julgado nesta quarta-feira (13) pelo Tribunal do Júri de Cuiabá pelo homicídio de Pedro Paulo Saldanha da Silva, ocorrido no ano de 2009. O suspeito, que era traficante, se juntou com outros criminosos para executar a vítima por ter sido “dedo-duro”. Os comparsas de Paulo, Douglas Fernando Souza Gomes (vulgo “Pit Bull”) e Júlio César Alves Ferreira, já foram julgados e condenados.
De acordo com os autos o crime ocorreu em julho de 2009 numa via de acesso ao assentamento Lagoa Azul, próximo à região do Barreiro Branco, no Coxipó do Ouro. Os suspeitos traficavam drogas no bairro Araés e a vítima mantinha um vínculo de amizade e como ‘cliente’.
Pedro teria se envolvido em uma desavença entre Douglas e outra pessoa. Conforme apurado, Douglas e um outro homem, parente dele, tinham uma disputa na comercialização de drogas. Pedro teria dito a este parente de Douglas, que o traficante pretendia matá-lo.
O homem então procurou Douglas para tirar satisfações sobre essa “jura de morte” que ele teria feito. Por causa disso Douglas se juntou com Paulo, com Júlio e com um adolescente de 17 anos e planejaram a morte da vítima, que consideraram um “cagueta ou dedo duro”.
No dia dos fatos, os suspeitos atraíram Douglas para uma armadilha. Eles passaram no bar do pai do adolescente, onde a vítima estava, e a convidaram para consumir bebidas alcoólicas e drogas em outro local. Ele seguiram em um carro até um local ermo.
Os suspeitos então teriam parado o carro, descido junto com a vítima e Paulo então teria dado um golpe de faca nas costas de Pedro. Em seguida Douglas teria sacado uma arma de fogo e atirado contra a vítima, atingindo-a com 5 tiros, sendo dois na cabeça. Júlio e o adolescente permaneceram assistindo a execução de Pedro e vigiando o local.
Foi apurado que Douglas e Júlio já tinham antecedentes criminais pela prática de roubo a mão armada. Paulo, Douglas e Júlio foram denunciados por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Douglas e Júlio já foram julgados e condenados a 21 anos de prisão, em regime fechado. O julgamento de Paulo Moreno Neto foi agendado para a manhã de hoje (13).