Em entrevista nesta quinta-feira (24) o senador Jayme Campos (União) disse que viu traição em seu grupo político, após a derrota de Eduardo Botelho (União) no primeiro turno das eleições. Em resposta o governador Mauro Mendes (União), que já havia descartado a existência de “traidores” entre seus aliados, disse para que o parlamentar aponte o nome do suposto traidor.
Desde o dia seguinte ao resultado do primeiro turno das eleições municipais de Cuiabá, surgiu uma dúvida em relação aos apoiadores de Eduardo Botelho. Fábio Garcia (União), logo no dia 7, afirmou que se fosse ele o candidato do partido, iria vencer as eleições. Ele também, no mesmo dia, declarou apoio a Abilio Brunini (PL). A declaração gerou estranheza justamente porque Fábio Garcia foi o coordenador da campanha de Botelho.
Na terça-feira (22), Pivetta gravou um vídeo declarando apoio a Abilio e disse que todo mundo que perdeu em Cuiabá e Várzea Grande, estaria do ‘outro lado’. A declaração foi interpretada dentro da base do governo como uma provocação aos irmãos Júlio e Jayme Campos, e Botelho.
Pivetta que decidiu doar financeiramente para Abilio neste segundo turno, é filiado ao Republicanos, que também foi derrotado na chapa de Botelho, já que indiciou o candidato a vice, Marcelo Sandrin (Republicanos).
Em resposta o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho, disse que não viu traição por parte de Fábio e destacou que ele se empenhou em sua campanha. Já sobre o Pivetta, Botelho disse que o vice-governador tem que sair mais do gabinete se quiser ser governador, que não conhece a realidade do Estado e que tem que deixar clara sua posição política.
Em entrevista na manhã de hoje (24) o senador Jayme Campos disse que “tem gente já dando declarações infelizes, já condenando”. Ele afirmou que viu traição no grupo e que o partido ainda não se reuniu para resolver a questão.
“É aquela história né, da traição, a traição é muito ruim (…). Teve, teve, eu não posso garantir até porque… a sociedade sabe, feita essa traição… ela odeia os traidores, é bom que se esclareça”.
O governador Mauro Mendes negou que tenha ocorrido qualquer traição dentro de seu grupo político. Sobre as declarações de Jayme, o governador o criticou, cobrando que aponte nomes.
“Que o senador Jayme coloque nome, sobrenome e ato concreto. Insinuação não é bom que se faça, ele é um senador experiente, maduro, sabe disso. Se tiver algum fato concreto, que se coloque na mesa, se não, parem de fazer fofoca”.
Ao comentar o possível “racha” no grupo, Mauro garantiu que um caso como esse não seria capaz de abalar a união deles.
“Uma fofoquinha dessas abalar um grupo… tem que ser um grupo de cabeça de minhoca, porque nós estamos unidos por um objetivo mil vezes mais relevantes que esse. Probleminhas pequenos acontecem todos os dias em qualquer lugar e isso não pode abalar ninguém, por causa de um probleminha pequeno”.