O Chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), colocou ‘panos quentes’ na crise entre o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União) e o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), nesta semana. Segundo Garcia, é preciso conversar internamente para evitar um ‘racha’ em 2026.
“A gente tem que conversar bastante e não gostaria de ver o nosso grupo dividido. Vai passar as eleições, domingo abrem as urnas, vão ter aqueles que saíram vencedores, aqueles que não ganharam a eleição, e a gente precisa sentar dentro do nosso grupo político pra que a gente possa retomar a nossa unidade”, disse o chefe da Casa Civil nesta quinta-feira (24).
A declaração ocorre após Botelho ter criticado duramente Pivetta, após ele gravar um vídeo e ironizar que os ‘perdedores’ em Cuiabá e Várzea Grande estariam apoiando Lúdio Cabral (PT). Botelho questionou a postura do vice-governador, afirmando que ele vive encastelado em seu gabinete e no ar-condicionado e não conhece a realidade do Estado. O deputado também questionou se Pivetta não seria o ‘traidor’ do grupo.
“A unidade, a união, sempre foi nossa característica. A gente pode divergir eventualmente e pontualmente, mas a gente trilhou esse caminho junto aí desde 2018. Não tem porque haver esse distanciamento. Mas nós vamos resolver isso após eleição”, finalizou.
As suspeitas de que houve traição na campanha de Eduardo Botelho (União), é tema constante na base aliada, já que ele liderava todas as pesquisas e terminou em 3º lugar, não indo para o segundo turno. Os rumores aumentaram após menos de 24 horas do resultado das eleições, Fábio Garcia declarou apoio a Abilio Brunini (PL) e disse que se ele fosse o candidato, o resultado seria diferente.
Apesar da declaração, Botelho veio a público e afirmou que Fábio Garcia era o seu coordenador de campanha e trabalhou diariamente para tentar elegê-lo.