O prefeito de Vera, Moacir Giacomelli, um dos gestores do Estado que mais teve evolução patrimonial entre um mandato e outro (ele foi eleito em 2016 e reeleito em 2020), desistiu de lançar a advogada Claudia Romani, que já estava em pré-campanha. Para substituí-la, ele escolheu o seu sobrinho, o empresário Yago Giacomelli (MDB).
A mudança causou surpresa na cidade e nos bastidores políticos, já que Cláudia é uma profissional bem vista na cidade. “Foi uma trairagem sem tamanho”, comentou um vereador, que pediu para não ter o nome citado. Segundo esse parlamentar, a impressão é que Moacir tinha medo de perder o poder caso a advogada fosse eleita.
“Com o Yago fica tudo em família. Só falta combinar isso com os eleitores. Eu mesmo, como cidadão, não vejo com bons olhos esse negócio de parentes ficarem se sucedendo no comando da prefeitura”, completou o vereador.
Além de Yago, a cidade conta com outro pré-candidato, no caso, o produtor rural e ex-vereador Ênio Hepp (PL), que deve ter como companheiro de chapa o vereador Donizete da Lasca (PP).
Em relação ao atual prefeito, um fato que chama atenção é a sua evolução patrimonial entre o primeiro e o segundo mandato.
Nas eleições de 2016, Moacir declarou ser dono de um patrimônio de exatos R$ 6.564.376,93. Já em 2020, quando foi candidato a reeleição, o prefeito informou a Justiça Eleitoral possuir, na época, uma fortuna de R$ 19.668.039,30, representando um crescimento patrimonial de quase 200% em apenas quatro anos.
