O conselheiro Sergio Ricardo foi eleito presidente do Tribunal de Contas para o biênio 2024/2025. A eleição foi realizada em sessão realizada na tarde desta terça-feira (7) e, juntamente a ele, foram escolhidos o vice-presidente, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, e o corregedor-geral, conselheiro José Carlos Novelli. Todos foram eleitos por unanimidade, com 7 votos.
“É um dos momentos mais importantes da minha vida pública. Esse Tribunal de Contas já está construído. Ele foi talhado ao longo de 70 anos, foi construído por gigantes que sempre entenderam a importância do estado e a importância desse TCE ao cidadão e a vida dos mato-grossenses”, disse e o presidente em seu discurso.
Conselheiro enfatizou o compromisso do Tribunal de Contas para a vida da população mato-grossense, com a dedicação de cuidar do dinheiro público.
“Meu compromisso é em ajudar as pessoas a melhorarem suas vidas. Eu digo, sem medo de errar, o Tribunal de Contas é a instituição mais importante da República brasileira. Porque somos nós que cuidamos da destinação do dinheiro público e é só com cuidado do dinheiro público que ele chega onde tem que chegar, para mudar a vida das pessoas”, argumentou.
Sergio Ricardo afirmou que o estado ainda é muito desigual, mas que o TCE está pronto para lutar contra essa diferença.
“Nós temos um desafio muito grande nesse estado, que é um estado rico, mas com muitas desigualdades. E nós estamos trabalhando com muito afinco para mudar. Quando eu digo que este tribunal está pronto, este tribunal está mais que pronto”, enfatizou.
Sérgio Ricardo finalizou seu discurso afirmando que todos serão presidentes com ele, os conselheiros e servidores.
Essa é a primeira vez que o conselheiro assume a presidência e seu nome já era conhecido por conta de um “acordo” entre eles para que todos ocupassem o cargo ao menos uma vez. Sérgio Ricardo assume a cadeira de José Carlos Novelli.
Afastamento em 2017
O Conselheiro foi afastado de sua função após ser acusado de comprar sua vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE) em 2009 por mais de R$ 12 milhões. A denúncia foi baseada nas delações do empresário Júnior Mendonça e do ex-governador Silval Barbosa na 12ª fase da Operação Ararath, que teria confirmado o suposto esquema de compra de vagas no Tribunal de Contas do Estado (TCE) com aval do então governador Blairo Maggi em 2009.
Ele foi reintegrado ao cargo em 2021, após inúmeros pedidos fracassados e negados, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu que o afastamento foi decretado há quase cinco anos e que a instrução processual não foi concluída.