CDL destaca ‘concorrência desleal’ e defende taxar importados

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Jolismar Bruno

Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá, Célio Fernandes, afirmou em entrevista ao Jornal do Meio Dia, ser à favor da taxação de produtos importados adquiridos, principalmente, por meio de compras online. Ele destacou a desigualdade com o comerciante brasileiro que gera empregos e paga os altos impostos para manter o comércio.

“Se o cidadão consome o produto de outros países, e ele não paga esse recurso, temos dois problemas: primeiro, não há transferência de recurso para o Estado, consequentemente o Estado não tem condições de atender as demandas. Por outro lado, para quem está aqui com negócio aberto formalmente, com funcionários trabalhando, pagando todos os impostos é uma concorrência totalmente desleal”, defendeu.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia anunciado a taxação de produtos importados. Por rede social, o gestor afirmou que “é preciso que tenhamos como garantir igualdade de concorrência entre empresários brasileiros e estrangeiros, ela não pode ser desleal, beneficiando um em detrimento do outro. Isso não é bom para nossa economia”. No entanto, a medida foi barrada pelo presidente Lula (PT) e gerou bastante repercussão entre consumidores.

Atualmente, uma pessoa física no Brasil pode comprar produto de outra pessoa física no exterior sem pagar impostos se o valor for abaixo de US$ 50. Contudo, lojas têm adotado essa prática e essa é a taxação avaliada.

Industrias e varejistas nacionais se referem a este tipo de comércio online como “camelódromos digitais”.  Haddad, classificou “contrabando” e estima arrecadar até R$ 8 bilhões por ano com a tributação.

“Não posso criar mecanismos tributários perversos que, por exemplo, isente um produto que vem da China, que gera emprego e arrecadação para China e o dinheiro do Brasil só é transferido para lá”, disse Célio Fernandes.

Em nota, a CDL ainda destacou “a importância de se taxar essas plataformas de comércio on-line, se fazendo justiça com os empresários brasileiros e não prejudicando o País e consequentemente todo o cidadão que aqui vive”, diz trecho.

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