Investidores de MT perdem R$ 330 mil e denunciam empresário

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Ao menos seis pessoas de Mato Grosso registraram boletins de ocorrência acusando de estelionato um empresário com quem fecharam acordo de investimentos. Eles alegam ter perdido R$ 330 mil.

A reportagem teve acesso aos boletins de ocorrência registrados por moradores de Várzea Grande e Sinop. Ao todo, seis pessoas declaram terem sido vítimas do empresário J.N.M.N., que morava em Cuiabá.

Conforme os B.Os., ele dizia ser proprietário de uma empresa autônoma de atividades de administração de fundos por contrato e comissão, que também efetuava investimentos na Bolsa de Valores.

Os cinco investidores de Várzea Grande, que preferiram não se identificar, oficializaram uma única denúncia na Polícia Civil no dia 14 de março. No entanto, eles haviam assinado contrato com o empresário em 2019.

Um deles afirmou que investiu R$ 7 mil com a promessa de que receberia 3% de renda ao mês sobre o valor aplicado. Mais tarde investiu mais R$ 20 mil.

O retorno de 3% ao mês é muito superior ao praticado no mercado, que fica em torno de 0,5% a 1%.

Ainda em 2019, seu pai também resolveu investir com a empresa e chegou a fechar dois contratos, sendo um no valor de R$ 20 mil e outro de R$ 130 mil, também com a promessa de que o dinheiro iria render.

Posteriormente, um primo e mais dois amigos também fizeram contrato com J.N.M.N., sendo dois no valor de R$ 30 mil e outro de R$ 62 mil.

Todos eles constam como vítimas em um mesmo boletim de ocorrência.

Consta no B.O. que em março de 2021 o empresário começou ter dificuldade na liquidação dos pagamentos. Porém foi no dia 10 de março de 2022 que J.N.M.N. fez uma reunião online com as vítimas para comunicar que “perdeu tudo”.

Ainda na vídeo conferência, segundo o B.O., o empresário afirmou que, devido à situação, iria fazer um termo de confissão de dívida, ou seja, um contrato onde o devedor reconhece a dívida e promete quitá-la.

No entanto, apesar das afirmações, os investidores de Várzea Grande alegam que depois da reunião ele não entrou mais em contato e nem enviou o termo como havia prometido.

Diante da situação, o grupo resolveu ir até a delegacia e denunciar J.N.M.N. por estelionato. Além dele, também foram citadas como suspeitas a mãe e a esposa do empresário.

Outro caso

O sinopense Frankie James Serrano Fachetti relatou ao MidiaNews que também foi uma das vítimas, perdendo R$ 40 mil, ao firmar contrato com a empresa.

Formado em geologia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Frankie deixou o Estado para fazer doutorado em Brasília. Ele conta que dividia a sala com a esposa do empresário, e foi ela quem o convenceu a assinar contrato para fazer os investimentos.

Frankie afirma que conhecia o casal desde 2017, pois a suspeita também estudou com ele na UFMT, mas o contrato só foi firmado em 2019.

Após aplicar os R$ 40 mil, o geólogo afirma que deveria receber R$ 65 mil em dezembro do ano passado, equivalente ao rendimento do valor investido. Porém, alega ter sido “enrolado” pelo empresário e pela esposa.

Ainda estudando em Brasília, Frankie foi até a delegacia da Polícia Civil e também fez um boletim de ocorrência.

Hoje, sem o retorno financeiro, ele afirma que está em uma situação delicada, pois ainda está concluindo seu doutorado e não pode trabalhar, devido ao termo de dedicação exclusividade.

Devido à pandemia, o mato-grossense precisou prorrogar seu doutorado e perdeu a bolsa de estudos que usava para se manter. Em razão disso, Frankie diz estar endividado e sem saber o que fazer para recuperar o dinheiro.

O estudante alegou, ainda, que não teve retorno sobre as investigações feitas pela Polícia Civil e ainda aguarda a conclusão das investigações.

Investigação

A Polícia Civil ainda não informou se irá abrir inquérito para apurar as denúncias.

Mídia News

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