Sem federação com PT, Max encerra especulações e fica no PSB

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Presidente do PSB em Mato Grosso, o deputado estadual Max Russi bateu o martelo pela sua permanência no partido após a divulgação de que não mais haverá federação da sigla com o PT.

Contrário ao “casamento” de quatro anos com o partido do ex-presidente Lula, que é pré-candidato à Presidência, Russi vinha sendo “namorado” por outras legendas, como o MDB – mas agora tal possibilidade é “carta fora do baralho”.

“Não saio. A federação era algo que me complicava muito no Estado porque já tinha uma chapa toda montada, mas não havendo a federação eu vou seguir construindo o partido. Só se os companheiros entenderem [contrário], mas dentro dessa construção que está se desenhando, meu caminho é permanência no PSB”, afirmou.

“Temos uma chapa muito bem montada para estadual, vários nomes para federais e esse é o projeto que a gente vai construir para a eleição deste ano. Sem a federação, fica um cenário mais propício para montar as chapas e organizar o partido”, completou.

Nesse cenário, em Mato Grosso, o PSB fica livre de amarras para apoiar a candidatura do governador Mauro Mendes (União Brasil), caso ele decida sair à reeleição. Hoje o partido está na base do Governo e, em caso de federação, tal articulação seria praticamente impossível, uma vez que o PT faz oposição à atual gestão.

Segundo Russi, o presidente do Diretório Nacional, Carlos Siqueira, informou por telefone que o partido estaria liberado, em Mato Grosso, para fazer a composição que entender ser melhor para o pleito deste ano.

“A tendência do PSB em Mato Grosso é caminhar com o governador Mauro Mendes, apesar de não ter tido nenhuma conversa ainda porque ele não disse se será candidato. Não tendo federação, os estados estão liberados”, disse.

Chapa com PT

Apesar de descartar a federação, o PSB ainda vai caminhar no cenário nacional ao lado do PT, indicando o vice na chapa à presidência, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, cuja filiação no partido é esperada para os próximos dias.

A adição ao grupo foi elogiada pelo deputado, que destacou a quantidade de parlamentares estaduais e federais que Alckmin levará com ele para o PSB, o que vai ajudar a balancear o partido diante dos quadros que a legenda vai perder ao declinar da federação.

“É uma construção importante, porque o PSB vai perder alguns quadros de deputados federais por não fazer a federação. Alguns sairão do partido porque queriam a federação, mas em contrapartida, com a filiação do Alckmin, vamos ganhar outros deputados”, avaliou.

Russi salientou que, se possível, deve participar do ato de filiação do ex-governador.

“Se eu não tiver compromisso na Assembleia, pretendo estar presente, porque na eleição passada já votei em primeiro turno para o Alckmin. É um homem íntegro, um quadro conciliador, que a gente precisa para o país agora. Alguém que una e concilie, que faça gestão como ele fez em São Paulo”, elogiou.

LISLAINE DOS ANJOS E CÍNTIA BORGES

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