Candidato diz que pagou R$ 50 mil para professor fazer sua prova

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MÍDIA NEWS

Investigações da Polícia Civil identificaram que o candidato C.E.M.C., preso acusado de fraudar o concurso da Segurança Pública em Cáceres, pagou R$ 50 mil para que o professor de cursinho e policial penal, L.A.D., fizesse a prova no seu lugar.

Segundo o boletim de ocorrência, C.E.M.C. alegou que era “ruim de redação” e, por isso, pagou e trocou de identidade com o professor para que ele pudesse realizar o exame em seu lugar.

Além da dupla, mais duas pessoas – identificadas pelas iniciais M.A.C.A. e D.F.D. – foram presas neste domingo (20) após a Polícia Civil de Cáceres identificar o esquema. Todos os envolvidos são de Cuiabá.

Os policiais receberam uma ligação anônima comunicando sobre a troca de candidatos na manhã de ontem. Com essa informação, os investigadores foram até a Escola Estadual União e Força e encontraram o professor usando a identidade do candidato C.E.M.C. com sua foto colada.

Com a chegada da Polícia, o homem confessou o crime e indicou a escola onde o verdadeiro candidato estava fazendo a prova. Lá eles descobriram que C.E.M.C. usava o documento de L.A.D. para burlar o sistema de identificação.

Em conversa com a coordenação da escola, os fiscais do concurso afirmaram que o candidato estava a todo momento indo até o banheiro, afirmando que se não fosse iria “fazer nas calças”.

Desconfiados, eles chegaram a questionar o candidato, mas ele negou qualquer irregularidade. Aos policiais, os dois confessaram que estavam carregando um celular Motorola V3 nas partes íntimas.

A Polícia Civil relatou que o dispositivo era usado para que o professor pudesse repassar a resposta das questões por meio da vibração, sendo que um toque significava “letra A”, dois toques “letra B” e assim sucessivamente.

Os celulares estavam envoltos em uma capa de silicone e foram apreendidos na delegacia.

Já presos, os dois confessaram em depoimento o envolvimento de  M.A.C.A. e D.F.D na fraude. Segundo eles, apesar de usarem seus próprios documentos, a dupla também estava com celulares nas partes íntimas para receber as respostas do professor.

Com as informações, os investigadores conseguiram encontrar os outros dois candidatos, que também foram presos em flagrante.

Depois de detido, o grupo foi autuado por fraude e associação criminosa. C.E.M.C e L.A.D. também foram autuados por uso de documentos falsos.

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