LISLAINE DOS ANJOS
O governador Mauro Mendes (DEM) voltou a declarar nesta semana que não é com pressão ou “fazendo birra” que qualquer servidor irá conseguir aumento na gestão dele.
A declaração foi dada ao comentar a greve dos policiais penais, que está suspensa até a categoria se reunir com o Palácio Paiaguás no dia 3 de fevereiro.
“Não pode se atirar no chão igual uma criança. Faz birra e o pai vai lá e atende. Não é porque fez greve que tem que atender. Podemos dialogar? Podemos dialogar. Podemos conversar? Podemos conversar. Agora, não adianta fazer pressão, porque não é na base da pressão que o Governo vai ceder”, afirmou, em entrevista à Rádio Vila Real.
A queda de braço entre o Governo e os policiais penais começou em dezembro, quando a categoria entrou de greve pedindo recomposição salarial dos últimos 10 anos e a equiparação salarial com as outras forças da Segurança Pública.
A greve foi suspensa no dia 5 deste mês, após o Executivo reafirmar que não negocia com grevistas.
Conforme o Estado, as negociações voltaram à estaca zero e no próximo dia 3 o Governo deve apresentar um estudo sobre a valorização salarial exigida pela categoria – já levando em conta a Revisão Geral Anual (RGA) concedida este ano, de 7%.
Segundo Mendes, quem está conduzindo as negociações são os secretários Mauro Carvalho (Casa Civil) e Alexandre Bustamante (Segurança Pública). Ele afirmou que “o diálogo tem que ser feito da forma correta para algo acontecer”.
“O governo tem uma postura. Não adianta fazer greve, a gente já falou isso, com muito respeito aos servidores, à polícia penal, ou qualquer outro servidor. Mas existem leis nesse país e a gente precisa cumprir”, afirmou.
“Não é porque o cara vai fazer greve que o Governo vai atender. Estou aqui para representar o servidor, o cidadão, para cuidar do dinheiro público. Já pensou se todo mundo faz uma greve e eu dou aumento? Vou quebrar o Estado. Ou vou dar essa conta para o cidadão pagar. Não é assim que funciona”, completou.