Lúdio vê ‘explosão de casos’, mas pondera: “Letalidade é menor”

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LISLAINE DOS ANJOS

O deputado estadual e médico sanitarista Lúdio Cabral (PT) afirmou crer em uma “explosão de casos” da Covid-19 no país, mas com uma média móvel de mortes muito menor em razão do avanço da vacinação e da letalidade da nova variante da doença, a Ômicron.

“A boa notícia dentro da má notícia é que a letalidade hoje é 10 vezes inferior. No Brasil, vamos viver uma explosão de casos. Só não teremos uma explosão de hospitalização e mortes em função da vacinação”, disse na última semana.

Atualmente, Mato Grosso tem mais de 70% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) exclusivos para Covid-19 ocupados e apresenta uma média móvel de casos superior a 2 mil por dia.

Para Lúdio, não há como o país fugir de um novo colapso no sistema de saúde, o que ele coloca na conta dos gestores pela forma com que conduziram a pandemia no país.

“O sistema de saúde entrará mais uma vez em colapso por conta da inércia dos governos que não tomam as medidas que precisam ser tomadas”, criticou, defendendo a distribuição de máscaras PFF2 e álcool em gel à população.

O deputado classificou a proliferação da nova variante como um “tsunami”, mas pondeou que a situação não deverá chegar ao nível vivenciado quando a segunda onda da Covid no país, com a variante Delta.

“Sabemos que a Ômicron vai varrer o mundo, infectar a grande maioria da nossa população, mas graças à vacina, não teremos uma situação tão dramática como tivemos na segunda de onda, de ver pessoas morrendo por falta de assistência adequada”, disse.

“Não sabemos o que virá depois do tsunami. Se teremos uma endemia no mundo, uma Covid como é a gripe, ou se há um risco de surgirem novas variantes com formas mais graves. Essa pergunta, infelizmente, ainda não tem resposta”, completou.

Resistência à vacinação

Segundo Lúdio, como apenas a vacinação poderá barrar o avanço da pandemia, o Governo deveria fazer uma verdadeira “operação de guerra” para garantir que a parte da população que ainda resiste à imunização seja protegida.

Ele citou que Mato Grosso, hoje, possui 1,3 milhão de pessoas ainda não se vacinaram, enquanto outras 600 mil pessoas que já deveriam ter tomado a dose de reforço, não tomaram.

“Teríamos que estar fazendo uma operação de guerra, fazer uma busca ativa, indo de porta em porta para vacinar a população”, disse.

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