LISLAINE DOS ANJOS
Os policiais penais decidiram suspender a greve a fim de conseguir uma agenda com o governador Mauro Mendes (DEM). A decisão foi tomada em durante assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (03).
Durante a reunião, foi decidido que a greve será suspensa a partir das 7h desta terça-feira (04), com uma possível reunião ocorrendo com o governador na manhã de quarta (05). Nesses dois dias, os serviços não essenciais serão restabelecidos.
Foi deliberado, ainda, por uma nova assembleia na tarde de quarta-feira para repassar aos servidores o que foi tratado na reunião com o Paiaguás, bem como se uma nova proposta será feita à categoria.
Os servidores estão em greve desde o dia 16 de dezembro, tendo sofrido derrotas na Justiça nesse período, com a declaração da ilegalidade do movimento, multa aos dirigentes e corte de ponto de servidores.
Queda de braço
A categoria exige valorização profissional e reajuste, com recomposição salarial dos últimos 10 anos e equiparação da remuneração às demais polícias que compõem a Segurança Pública do Estado (Civil e Militar).
O governador, por sua vez, afirmou em mais de uma ocasião que não negocia com grevistas. Mendes ainda disse que a categoria seria responsabilizada por qualquer efeito negativo que a greve possa levar ao sistema prisional do Estado, entre eles eventuais rebeliões de presos.
Na semana passada, o Governo do Estado chegou a afirmar que está analisando a possibilidade de realizar um processo seletivo para contratar pessoal e substituir os policiais penais que estão em greve, como forma de manter os serviços nas unidades prisionais.
A categoria é composta atualmente por cerca de 2,8 mil profissionais, que atuam nos presídios, cadeias e unidades prisionais.